O Brasil vive um momento politicamente tenso, em que o povo brasileiro demonstra sua insatisfação com todo o nosso contexto político. Nesse momento, uma das palavras mais ditas quando o assunto é política, é “corrupção”. Mas será que sabemos exatamente o que isso significa?
Corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. De acordo com a ONG Transparência Internacional, a corrupção pode ser definida como ‘o abuso de poder político para fins privados’. O corruptor é o cidadão que interfere em um processo democrático ou burocrático rotineiro para obter alguma vantagem por meio de alguma espécie de acordo com o representante.
Entre as práticas de corrupção mais comuns na política estão o nepotismo (quando o governante elege algum parente para ocupar um cargo público), clientelismo (compra de votos), peculato (desvio de dinheiro ou bens públicos para uso próprio), caixa dois (acúmulo de recursos financeiros não contabilizados), tráfico de influência, uso de ‘laranjas’ (empresas ou pessoas que servem de fachada para negócios e atividades ilegais), fraudes em obras e licitações, venda de sentenças, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
Mas a corrupção não acontece somente na política.
No nosso cotidiano temos vários outros exemplos. Não dar nota fiscal, não declarar Imposto de Renda, subornar o guarda para evitar multas, falsificar carteirinha de estudante, roubar TV a cabo, furar fila, falsificar assinaturas… São só algumas das situações em que existe corrupção e a sociedade simplesmente ignora.
A corrupção, seja no âmbito político ou cotidiano, sacrifica principalmente a parcela mais pobre da sociedade, que é quase que totalmente dependente de serviços públicos.
No último ranking da corrupção, organizado pela Transparência Internacional e divulgado em dezembro de 2014, o Brasil aparece na 69ª posição entre 175 países. O ranking mede o índice de percepção da corrupção. Para calcular a nota que define a posição, e vai de 100 (menos corrupto) a zero (mais corrupto), a ONG pergunta a entidades da sociedade civil, agências de risco, empresários e investidores qual é a percepção sobre a transparência do poder público.
O Brasil aparece atrás de países como Uruguai e Chile (ambos no 21º lugar), Botsuana (31º) e Cabo Verde (42º). A Dinamarca manteve o primeiro lugar no ranking com nota 92, seguida da Nova Zelândia (91); Finlândia (89), Suécia (87) e Noruega (86). Na outra ponta da tabela, Somália e Coreia do Norte aparecem em último, com oito pontos.
* Fonte: O Brasil da Mudança, Transparência Internacional, Gente que Educa, Brasil Escola
Redação:
Felipe Menezes
Produção realizada em colaboração com a:
A