#DicaCultural – VASSILY KANDINSKY: TUDO COMEÇA NUM PONTO

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Sobre a mostra

“Kandinsky: tudo começa num ponto”, exposição do artista Wassily Kandinsky, um dos mais renomados mestres da pintura moderna, pioneiro e fundador da arte abstrata, que revolucionou toda a arte do século XX.

Ao lado de trabalhos de seus contemporâneos e de artistas que o influenciaram, a exposição apresenta a obra de Kandinsky de forma holística, para entendermos como essas influências ecoam ainda hoje na arte contemporânea. O acervo terá como base a coleção do Museu Estatal Russo de São Petersburgo, além de oito museus do interior da Rússia e coleções particulares.

Essa exposição sobre Kandinsky é uma mostra única, que não apenas apresenta uma sequência de quadros do pintor, pensador e escritor que foi o artista, mas um mergulho nas profundezas das raízes do seu universo criativo, nas referências primeiras do artista, colocando lado a lado suas obras com as obras dos seus contemporâneos e outras peças que são joias da arte popular do norte da Sibéria e dos objetos de rituais xamânicos.

Conheceremos um Kandinsky quase oculto na visão ocidental que se tem sobre o artista e encontraremos também um Kandinsky poético e lírico, no momento de seu auge criativo, no exato instante das suas descobertas. Este é o grande valor deste projeto e da curadoria de Petrova e Kiblitsky: uma exposição forte e desafiadora, que teve que ser defendida com muito tesão e paixão pela arte e pelo conhecimento, fruto de um enorme esforço de todas as partes envolvidas, e é dedicada a um público ávido e cada vez mais exigente, como o brasileiro, e aberta democraticamente a todos.

Tudo começa num ponto, a frase antológica de Kandinsky, nos conduz para além das experimentações gráficas do artista e nos transmite a essência poética que aponta a essa complexa trama de referências, vontades e sensações — muito mais que um ponto — onde tudo em Kandinsky começou.

Sobre o artista

Os caminhos iniciados por Kandinsky ecoam na arte até os dias de hoje. Entender esse gênio criativo implica também entender a sensibilidade que marca a arte desde o início do século XX. Esta exposição apresenta o prólogo dessa história enriquecida que é a arte moderna e contemporânea: o modo em que se forjou a passagem para a abstração, os recursos a partir dos quais a figuração deixou de ser a única via possível para representar os estados mais vitais do ser humano e, finalmente, o novo caminho desbravado a partir dessa ruptura. Esse salto para o vazio que a abstração representa a abertura de um universo sem fronteiras para a criatividade infinita da arte, pode ser vivenciado na parte final dessa mostra que, como em suspenso, aponta um novo modo de pensar a arte.

Biografia

Nasceu em 1866, em Moscou, na Rússia. Sua primeira vontade foi ser músico. Entretanto, formou-se em direito e economia política na Universidade de Moscou. Aos 30 anos, encantado com um quadro de Monet, abandonou a carreira jurídica. Em 1900, em Munique, formou-se pela Academia Real.

Seus primeiros trabalhos exprimiam a musicalidade e o folclore russo. Em Paris, onde viveu por um ano, Kandinsky entusiasmou-se pelas artes aplicadas e gráficas, bem como pelo estilo de pintura dos fauvistas. Em 1908, voltou a Munique. Publicou o ensaio Do Espiritual na Arte, em 1911, onde tratou a manifestação artística como expressão de uma necessidade interior. Em 1912, publicou o almanaque Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), nome de um quadro e do primeiro grupo expressionista, cuja vertente é mais lírica do que dramática, em relação ao grupo expressionista Die Brücke.

Voltou à Rússia durante a Primeira Guerra, onde permaneceu até 1921. Acompanhou a Revolução Socialista e como membro do Comissariado para a Cultura Popular fundou vários museus. Reorganizou a Academia de Belas Artes de Moscou. Foi também professor da Bauhaus a partir de 1922. Escreveu Ponto e Linha sobre o Plano onde reflete sobre os elementos da linguagem plástica e suas correlações, colocando os problemas da abstração.

Tornou-se cidadão alemão em 1928. Em 1933, a Bauhaus foi fechada pelos nazistas e, em 1937, seus quadros foram confiscados. Em 1939, fugiu para a França, onde se naturalizou. Morreu em Neuilly-sur-Seine, na França em 1944.

 

Curadoria: Eugenia Petrova e Joseph Kiblitsky.

Apoio: Banco Votorantim

A exposição está em cartaz até 28 de setembro e a visitação deve ser agendada gratuitamente pelo site www.ingressorapido.com.br (disponível também em aplicativo para celulares).

 

Fonte: CCBB SP, MAC-SP

Redação:

Giovani Corezzi                                            

Produção realizada em colaboração com a:

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