O primeiro caso de Aids no Brasil surgiu em 1980 e mesmo tanto tempo depois ela continua sendo uma doença gravíssima, sem cura e controlada com medicamentos que provocam muitos efeitos colaterais. Um Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado este ano, revela que os casos da doença cresceram 11% entre 2005 e 2013 no País.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de pessoas em tratamento de aids no Brasil cresceu 29% em 2014, quando comparado com o ano anterior. De janeiro a outubro, 61.221 iniciaram a terapia para controlar o HIV. A estimativa do governo é a de que atualmente 734 mil pessoas vivem com aids no Brasil. Desse total, 80% já receberam o diagnóstico.
O crescimento é reflexo da mudança no protocolo, anunciada em dezembro de 2013. Até então, o tratamento era iniciado apenas a partir de uma determinada fase da doença, de acordo com as taxas de vírus circulante no organismo e comprometimento do sistema imunológico. Atualmente, a terapia pode ser iniciada assim que o diagnóstico do HIV é realizado, desde que esse seja a vontade do paciente.
A mudança na estratégia segue uma tendência internacional. O início precoce do tratamento é considerado um mecanismo importante na contenção dos números da epidemia. Isso porque, quanto menor o nível de HIV circulante no organismo, menor o risco de se transmitir a doença no caso de relações sexuais desprotegidas.
No mundo, os casos caíram 38% nos últimos doze anos e especialistas da Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, acreditam que até 2030 a epidemia esteja controlada.
Nós, brasileiros, esperamos que a Saúde do Brasil deixe de andar na contramão e que a luta contra o vírus HIV possa progredir aqui também.
*Com informações da ONU e do Ministério da Saúde
Redação:
Felipe Menezes
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